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 Estudo Doutrinário

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Julio Cesar Borgia

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MensagemAssunto: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySex Set 25, 2015 7:44 pm

ATIVIDADE DOUTRINARIA: ESTUDO - O QUE É O ESPIRITISMO PARTE I

Todas as sextas a partir das 14:00 horas.

Estudo Doutrinário  De_uma_chance_200

Dê uma chance a você mesmo

Talvez você já tenha feito perguntas como estas:

De onde vim ao nascer? Para onde irei depois da morte? O que há depois dela?
 
Por que uns sofrem mais do que outros? Por que uns têm determinada aptidão e outros não?
 
Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Alguns cegos, aleijados, débeis mentais, enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permite tamanha desigualdade entre seus filhos?
 
Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?
 
No entanto, a maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas fundamentais da existência. Antes se preocupam com seus negócios, com seus prazeres, com seus problemas particulares. Acham que questões como "a existência de Deus" e "a imortalidade da alma" são da competência de sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir a um templo, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todas têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus. Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção naquilo que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte.
 
Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, a perda de um ente querido, uma doença incurável, uma queda financeira desastrosa - fatos que podem acontecer na vida de qualquer pessoa - não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero.
 
Onde se encontra a solução?
 
Há uma doutrina que atende a todos estes questionamentos. É o Espiritismo.
 
O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, para melhor.
 
Mas, o que é o Espiritismo?
 
O Espiritismo é a doutrina revelada pelos Espíritos Superiores, através de médiuns, e organizada (codificada), no século XIX, por um educador francês, conhecido por Allan Kardec.
 
O Espiritismo é, ao mesmo tempo filosofia, ciência e religião.
 
Filosofia, porque dá uma interpretação da vida, respondendo questões como "de onde eu vim", "o que faço no mundo", "para onde irei depois da morte". Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia.
 
Ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais. Todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Não existe o sobrenatural no Espiritismo.
 
Religião, porque tem por objetivo a transformação moral do homem, revivendo os ensinamentos de Jesus Cristo, na sua verdadeira expressão de simplicidade, pureza e amor. Uma religião simples sem sacerdotes, cerimoniais e nem sacramentos de espécie alguma. Sem rituais, culto a imagens, velas, vestes especiais, nem manifestações exteriores.
 
E quais são os fundamentos básicos do Espiritismo?
 
A existência de Deus que é o Criador, causa primária de todas as coisas. A Suprema Inteligência. É eterno, imutável, imaterial, onipotente, soberanamente justo e bom.
 
A imortalidade da alma ou espírito. O espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos já existíamos antes do nascimento e continuaremos a existir depois da morte do corpo.
 
A reencarnação. Criado simples e sem nenhum conhecimento, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal. Tem a possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, através dos diversos cursos. Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes necessárias, para adquirir mais conhecimento, através das múltiplas experiências de vida. O progresso adquirido pelo espírito não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral.
 
Não nos lembramos das existências passadas e nisso também se manifesta a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, assim como é, também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Pelo mecanismo da reencarnação vemos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos, pela lei de "ação e reação".
 
A comunicabilidade dos espíritos. Os espíritos são seres humanos desencarnados e continuam sendo como eram quando encarnados: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos. Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações. Através dos denominados médiuns, o espírito pode se comunicar conosco, se puder e se quiser.
 
A pluralidade dos mundos habitados. Os diferentes mundos, disseminados pelo espaço infinito, constituem as inúmeras moradas aos Espíritos que neles encarnam. As condições desses mundos diferem quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridades dos seus habitantes.
 
Como o Espiritismo interpreta o Céu e o Inferno?
 
Não há céu nem inferno. Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais. Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição - os bons se tornando melhores e os maus se regenerando.
 
Deus não se esquece de nenhum de seus filhos, deixando a cada um o mérito das suas obras. Somente desta forma podemos entender a Suprema Justiça Divina.
 
Por que o Espiritismo realça a Caridade?
 
Porque fora dos preceitos da verdadeira caridade, o espírito não poderá atingir a perfeição para a qual foi destinado. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e qualquer que seja a forma pela qual adorem o Criador, eles se estendem as mãos, se entendem e se ajudam mutuamente.
 
Por que fé raciocinada?
 
A fé sem raciocínio não passa de uma crendice ou mesmo de uma superstição. Antes de aceitarmos alguma coisa como verdade, devemos analisá-la bem. "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade."- Allan Kardec.
 
E onde podemos encontrar mais esclarecimentos sobre o Espiritismo?
 
Começando pela leitura dos livros de Allan Kardec:
 
O LIVRO DOS ESPÍRITOS. O livro básico da Doutrina Espírita. Contém os princípios do Espiritismo sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida futura e o porvir da humanidade.
 
O LIVRO DOS MÉDIUNS. Reúne as explicações sobre todos os gêneros de manifestações mediúnicas, os meios de comunicação e relação com os espíritos, a educação da mediunidade e as dificuldades que eventualmente possam surgir na sua prática.
 
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. É o livro dedicado à explicação das máximas de Jesus, de acordo com o Espiritismo e sua aplicação às diversas situações da vida.
 
O CÉU E O INFERNO, ou "A Justiça Divina Segundo o Espiritismo". Oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual. Coloca ao alcance de todos o conhecimento do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina.
 
A GÊNESE. Destacam-se os temas: Existência de Deus, origem do bem e do mal, explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, a formação primária dos seres vivos, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria.

Todas as obras podem ser encontradas, em português, para download aqui: Federação Espirita Brasileira.   

Você poderá ler, ainda, os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne Pereira, José Raul Teixeira, etc. e os livros de Léon Denis, Gabriel Delanne e de tantos outros autores, encontrando-se entre eles estudos doutrinários, romances, poesias, histórias e mensagens de alento. 

Depois desta simples leitura, você poderá ter dúvidas e perguntas a fazer. Se tiver, é bom sinal. Sinal que você está procurando explicações racionais para a vida. Você as encontrará lendo os livros indicados acima, procurando um Centro Espírita seguramente doutrinário e indiscutivelmente Espírita e por aqui, em nosso grupo, onde mesmo não sendo experts na doutrina tentaremos lhe esclarecer na melhor maneira possível.

Texto da Federação Espirita do Paraná, com algumas modificações para utilização aqui·

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Bom pessoal espero ter conseguido trazer uma breve luz ao que é essa maravilhosa doutrina que tenho seguido a pouco mais de um ano.

Caso alguém se interesse podem fazer perguntas que tentarei esclarecer ou buscar esclarecimentos.

No próximo encontro conheceremos um pouco sobre Allan Kardec, codificador do Espiritismo.

Próximo encontro:  próxima sexta as 14:00

Opinem, comentem...
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySeg Set 28, 2015 4:51 pm

Interessante =]. Caro Julio como o grupo espirita vê quais os problemas presentes na codificação kardecista?
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptyQui Out 01, 2015 1:52 pm

gustavotoniato escreveu:
Interessante =]. Caro Julio como o grupo espirita vê quais os problemas presentes na codificação kardecista?

Como assim? Poderia ser mais especifico?
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptyQui Out 01, 2015 3:31 pm

Por exemplo, as acusações de racismo que o Kardecismo já sofreu; questões como o Livre Arbítrio, em contraposição a fatalidade da evolução.
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptyQui Out 01, 2015 9:51 pm

A sim, agora entendi...

Antes de prosseguir preciso dizer que o que direi é minha opinião pessoal e não a do grupo (que ainda só tem eu como membro).

Sobre a primeira parte, como eu tenho pouco tempo de seguidor da doutrina confesso não ter conhecimento sobre esse fato até esse momento. Agora que tive esse contato peço um tempo para analisar com mais calma a situação sobre o mencionado racismo.

O que posso adiantar pelos meus conhecimentos já adquiridos é que primeiro Kardec repassou ao papel todas a informações que os espíritos passaram para ele, mas não de forma direta, ele não tinha mediunidade desenvolvida, não ouvia espíritos, toda sua codificação e anotações existia a presença de um medium... onde Kardec fazia seus questionamentos e os espiritos respondiam por meio dos mediuns (veja que foram mais de um). Iremos ter uma parte do estudo onde falaremos sobre Kardec e a codificação.

Segundo, conforme respondido pelo Livro dos Médiuns;

7. O Espírito do médium influi nas comunicações de outros Espíritos que ele deve transmitir?
            — Sim, pois se não há afinidade entre eles, o  Espírito do médium pode alterar as respostas, adaptando-as às suas próprias idéias e às suas tendências. Mas não exerce influência sobre os Espíritos comunicantes. É apenas um mau intérprete.

Ou seja como na época de Kardec tudo isso era muito novo, pode ter ocorrido que o Espirito do Médium consultados por Kardec podem terem adaptado suas próprias ideias e tendencias (e aqui pode ocorrer ideias e tendencias pouco desenvolvidas, como o preconceito opor raças entre outras). Assim sendo pode não ter sido repassada de forma correta quando em algum ponto fez-se menção a uma raça (no sentido humano), onde o espíritos poderiam ter mencionado outra coisa, o que? Quando estudar mais essa parte tento responder, mas creio ser impossível. 

Ou seja resumindo minha humilde opinião, é que possa ter existido influencia da falhas e pouco evolução dos mediuns.

Quero enfatizar que essa é uma opinião preliminar, sendo assim irei estudar e posso vir aqui e mudar tudo o que disse.

Sobre a segunda parte, a doutrina nos ensina que nunca retrocedemos em nossa evolução, podemos ficar estacionado mas nunca retroceder e ensina que mesmo que demore o espirito sempre da uma passinho a mais em sua evolução.

Do outro lado temos a grandiosa, sabia e justa lei do retorno ou causa e efeito; Deus é tão generoso que te dá liberdade de plantar o que quiser. Mas Ele é tão justo, que você colhe exatamente o que plantou

Ou seja aquilo que você fizer irá retornar até você, logo se você age mal com alguém, alguém irá fazer mal a você. Se você só vive para o mal só atrairia pessoas más ao seu redor.

Assim sendo, está em constante evolução, mas caso cometa algum erro a vida retornará uma expiação para repare esse erro e assim seja sanada a divida para a continuidade de sua evolução.

Minha visão seria mais ou menos essa, mas trarei mais estudos e podemos adentrar mais a fundo nesses temas.
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySex Out 02, 2015 1:09 am

Caro Julio, estou muito feliz com sua resposta, uma vez que ela demonstra abertura para o debate sobre o conteúdo da doutrina, não a sacralizando. Estou ansioso para o próximo estudo doutrinário, se possível me de a indicação do mesmo para que eu possa estuda-lo para debate-lo aqui =]
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySex Out 02, 2015 1:35 pm

O Proximo será um breve histórico sobre Allan Kardec... mas ocorre hoje então não sei se dará tempo rsrsrsrsr.

Mas o da outra semana será sobre caridade na visão espirita.
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySeg Out 05, 2015 3:08 am

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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptyQui Out 08, 2015 9:21 pm

Atividade Doutrinaria: Conhecendo Allan Kardec
 

Todas as sextas a partir das 14:00 horas.

Estudo Doutrinário  Allan-kardec_zpsqp71mphu


Quem Foi Allan Kardec?

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869) foi um influente educador, autor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo (neologismo por ele criado), também denominado de Doutrina Espírita. Foi discípulo do reformador educacional Johann Heinrich Pestalozzi e um dos pioneiros na pesquisa científica sobre fenômenos paranormais (mais notoriamente a mediunidade), assuntos que antes costumavam ser considerados inadequados para uma investigação do tipo.

Nascido numa antiga família de orientação católica com tradição na magistratura e na advocacia, desde cedo manifestou propensão para o estudo das ciências e da filosofia. Mesmo possuindo uma orientação católica desde a infância não impediu que suas crenças fossem abaladas o que o levaria até a um certo ceticismo onde em 1834, em um de seus artigos defendendo as aulas de ciências para crianças, ele registrou: “Aquele que houver estudado as ciências rirá, então, da credulidade supersticiosa dos ignorantes. Não mais crerá em espectros e fantasmas. Não mais aceitará fogos- fátuos por espíritos”.

Foi em 1854 que o Prof. Rivail ouviu falar pela primeira vez do fenômeno das "mesas girantes", bastante difundido à época, através do seu amigo Fortier, um magnetizador de longa data. Sem dar muita atenção ao relato naquele momento, atribuindo-o somente ao chamado magnetismo animal do qual era estudioso, só em maio de 1855 sua curiosidade se voltou efetivamente para as mesas, quando começou a frequentar reuniões em que tais fenômenos se produziam.

Durante este período, também tomou conhecimento do fenômeno da escrita mediúnica - ou psicografia, e assim passou a se comunicar com os espíritos. Um desses espíritos, conhecido como um "espírito familiar", passa a orientar os seus trabalhos. Mais tarde, este espírito lhe informa que já o conhecia do tempo das Gálias, com o nome de Allan Kardec. Assim, Rivail passa a adotar este pseudônimo, sob o qual publicou as obras que sintetizam a Doutrina Espírita.

Obras didáticas:

Página de seu livro "Plano Proposto para a Melhoria da Instrução Pública" (1828).
O professor Rivail escreveu diversos livros pedagógicos, dentre os quais destacam-se:]

1824 - Curso prático e teórico de Aritmética, segundo o método de Pestalozzi, para uso dos professores e mães de família, com modificações - 2 tomos

1828 - Plano Proposto Para a Melhoria da Instrução Pública (coroado pela Academia Real de Arras)

1831 - Gramática Francesa Clássica

1831 - Qual o sistema de estudo mais consentâneo com as necessidades da época?.

1846 - Manual dos exames para os títulos de capacidade: soluções racionais de questões e problemas de Aritmética e de Geometria

1848 - Catecismo gramatical da Língua Francesa

1849 - Programa dos Cursos ordinários de Química, Física, Astronomia, Fisiologia

1849 - Ditados normais dos exames da Municipalidade e da Sorbona

1849 - Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas

Diplomas obtidos:

Lista dos principais diplomas obtidos por Denizard Rivail durante a sua carreira de professor e diretor de colégio:

Diploma de fundador da Sociedade de Previdência dos Diretores de Colégios e Internatos de Paris - 1829

Diploma da Sociedade para a Instrução Elementar - 1847. Secretário geral: H. Carnot.

Diploma do Instituto de Línguas, fundado em 1837. Presidente: Conde Le Peletier-Jaunay.

Diploma da Sociedade de Educação Nacional, constituída pelos diretores de Colégios e de Internatos da França - 1835. Presidente: Geoffroy de Saint-Hilaire.

Diploma da Sociedade Gramatical, fundada em Paris em 1807, por Urbain Domergue - 1829.

Diploma da Sociedade de Emulação e de Agricultura do Departamento do Ain - 1828 (Rivail fora designado para expor e apresentar em França o método de Pestalozzi).

Diploma do Instituto Histórico, fundado em 24 de Dezembro de 1833 e organizado a 6 de Abril de 1834. Presidente: Michaud, membro da academia francesa.

Diploma da Sociedade Francesa de Estatística Universal, fundada em Paris, em 22 de Novembro de 1820, por César Moreau.

Diploma da Sociedade de Incentivo à Indústria Nacional, fundada por Jomard, membro do Instituto.

Medalha de ouro, 1º prêmio, conferida pela Sociedade Real de Arrás, no concurso realizado em 1831, sobre educação e ensino.

Como podemos observar Kardec não era nenhum "ignorante" possui-a educação avançada para sua época e teve sua infância guiada por um doutrina católica, mas foi preciso que ele chegasse ao ceticismo e tira-se todos os dogmas adquiridos para que pudesse olhar os fenômenos espiritas que presenciou de uma forma cética, racional e questionadora.

Kardec não era como os espiritas tradicionais, onde podemos mencionar o saudoso Chico Xavier e Divaldo P. Franco, ele era pragmático, mostrava uma fé racional (no sentido de juntar a fé com a razão) e não trazia frases regadas a palavras doces e carinhosas. Ele trazia frases objetivas e diretas mas que traziam total sentido, como por exemplo;

"O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem. "

"Para mim, um homem é um homem, isto apenas! Meço seu valor por seus atos, por seus sentimentos, nunca por sua posição social. Pertença ele às mais altas camadas da sociedade, se age mal, se é egoísta e negligente de sua dignidade, é, a meus olhos, inferior ao trabalhador que procede corretamente, e eu aperto mais cordialmente a mão de um homem humilde, cujo coração estou a ouvir, do que a de um potentado cujo peito emudeceu. A primeira me aquece, a segunda me enregela."

Durante 20 meses, o professor dedicou as horas vagas a entrevistar dez diferentes espíritos, principalmente por intermédio de três garotas, Ruth Japhet, de 20 anos (que havia enchido 50 cadernos com mensagens dos espíritos), e as irmãs Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos. Fazia a elas perguntas como “Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?” e “O que é espírito?” Na casa dos Boudin, na Rue Rochechouart, ele se apresentava todas as terças-feiras, com novas perguntas, ou as mesmas, para cruzar e checar as respostas. Ele não tinha mediunidade – aliás, foi o professor quem cunhou o termo “médium” para definir os intermediários entre os espíritos os seres humanos.

MÉTODO CIENTÍFICO

As principais explicações de Kardec para os fenômenos psíquicos e mediúnicos

Fraude: O pesquisador acreditava que os casos de truques deveriam ser sempre denunciados: “O espiritismo só terá a ganhar com o desmascaramento
dos impostores”
,escreveu. Kardec dizia que médiuns que realizam espetáculos públicos pagos deveriam ser observados com suspeita redobrada.

Alucinação: O pedagogo estabelecia critérios para diferenciar alucinações e problemas mentais em geral de contatos legítimos com espíritos. Por exemplo: se uma pessoa escreve mensagens em línguas que não conhece, ou se o fenômeno físico (por exemplo, uma mesa se mexendo) foi visto por várias pessoas

Influência externa: Kardec reconhecia a possibilidade da existência de dois fenômenos psíquicos: a telepatia, que ele chamava de “reflexo do pensamento”, e a clarividência, a percepção extrassensorial de objetos à distância. Para ele, nenhuma das duas era resultado de contatos com o mundo espiritual.

Comunicação: O contato com almas desencarnadas só pode ser considerado quando as hipóteses de fraude, alucinação e influência de outras pessoas tiverem sido descartadas. As mensagens do além só poderiam ser consideradas confiáveis se fossem espontâneas e confirmadas por médiuns que não se conhecessem entre si.

Esse método Kardec utilizou muito, a mesma pergunta que ele fazia para um médium ele fazia para outro que nunca teve contato com o primeiro e só anotava as respostas que coincidiam com as respostas apresentadas por ambas.  

O professor Rivail queria diferenciar seu trabalho pedagógico com essa nova vertente de pesquisa. Daí ter adotado o pseudônimo que se lê na capa da primeira edição de O Livro dos Espíritos: “Princípios da doutrina espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns – recebidos e coordenados por Allan Kardec”.

Os primeiros exemplares do livro deixaram a Tipografia de Beau, na cidade de Saint-Germain-en-Laye, em 18 de abril de 1857 – a data oficial do nascimento do espiritismo, nome criado por Kardec, apresentado da seguinte maneira: 

“A crença espírita, ou o espiritismo, consiste em acreditar nas relações entre o mundo físico e os seres do mundo invisível, ou espíritos”. 

Rapidamente, Kardec suplantaria Rivail em fama e reconhecimento: a primeira edição da obra inaugural do espiritismo, vendida a 3 francos a unidade, foi esgotada em dois meses.

Em 1º de abril de 1858, reuniu as dezenas de seguidores que havia arregimentado com a publicação do livro e fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Enquanto recebia visitas de médiuns, mais ou menos sérios, cartas pedindo ajuda e textos psicografados, novas traduções e edições eram publicadas. 

Na Espanha, o bispo de Barcelona, Antônio Palau y Termens, mandou confiscar todos os exemplares de O Livro dos Espíritos e organizou um auto de fé: as obras foram empilhadas e queimadas em praça pública. 

Em 1864, a Igreja Católica inseriu a obra no Index Librorum Prohibitorum, a lista de livros proibidos para seus fiéis. E por favor não confundam tal menção como uma afronta a religião católica que evoluiu muito suas doutrinas e preceitos desde essa época. 

BIBLIOTECA BÁSICA

Os cinco livros fundamentais para entender o espiritismo

1. O Livro dos Espíritos, 1857
Reúne as respostas de espíritos para 501 perguntas (na segunda edição, elas seriam ampliadas para 1 019 dúvidas).

2. O Livro dos Médiuns, 1861
Enquanto a obra anterior era conceitual, esta é um guia prático a todas as pessoas interessadas em desenvolver a mediunidade.

3. O Evangelho Segundo o Espiritismo, 1864
Como o nome indica, revê as lições dos Evangelhos da Bíblia cristã com base nos conceitos espíritas.

4. O Céu e o Inferno, 1865
Explica a passagem da alma para outros planos, detalha o destino dos suicidas e explica os parâmetros da justiça divina.

5. A Gênese, 1868
Aborda questões filosóficas e científicas, como a origem do Universo e os milagres de Jesus, buscando respondê-las de acordo com os preceitos espíritas.

Espero ter conseguido trazer um pouco sobre esse homem, um homem sem misticismo, sem mediunidade, que não se não ouvia espíritos mas que usou de seu ceticismo pragmatismo para elucidar uma doutrina que vem ganhando cada dia mais adeptos em todo mundo ( e agora no micromundo).
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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptyTer Out 13, 2015 2:54 pm

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MensagemAssunto: Re: Estudo Doutrinário    Estudo Doutrinário  EmptySex Out 16, 2015 7:15 pm

Atividade Doutrinaria: Estudo da Doutrina "A Caridade".

Toda Sexta-Feira as  14:00 Hs

Prece Inicial:

Vamos elevar nosso pensamento a Deus pedindo orientação para esse estudo. 
Que possamos agregar em nossa humilde concepção de vida mais esse ensinamento e que acima de tudo saibamos utiliza-lo em nossa vida.

Que assim seja! 

Estudo da Doutrina:

"A  CARIDADE"

Estudo Doutrinário  CARIDADE

Caros amigos, sejam todos bem vindos a mais um estudo doutrinário, depois de termos uma noção básica do que é a doutrina espirita e de conhecermos o grande codificador Allan Kardec, chega a hora de adentrarmos mais a fundo no conceitos e bases da doutrina e não existe melhor forma de começar do que falarmos sobre CARIDADE.

Como mencionado por Allan Kardec; "Fora da Caridade não há Salvação."

Mas o que vem a ser Caridade, seria apenas darmos as coisas aos necessitados?

A doutrina vem nos mostrar que não.

Antes de começarmos gostaria de mencionar parte da psicografia da IRMÃ ROSÁLIA em Paris de 1860;

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito”. Toda a religião, toda a moral, se encerram nestes dois preceitos. Se eles fossem seguidos no mundo, todos seriam perfeitos. Não haveria ódios, nem ressentimentos..."

Como mencionado toda a religião convergem para o mesmo objetivo.

Na questão 886 do Livro dos Espíritos, Kardec questiona os espiritos superiores;

Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.


Caridade seria, na ótica de O Livro dos Espíritos:

Benevolência, que se exprime na boa vontade e na disposição para praticar o Bem;

Indulgência, que é clemência e misericórdia para com as imperfeições alheias;

Perdão, que é o ato de desculpar ofensas.

Exercício de benevolência: Trabalho em favor do semelhante.

Exercício de indulgência: Solidariedade em face das limitações e fraquezas do próximo, evitando discriminá-lo, mesmo quando esse lhe agride ou lhe ofende.

Exercício de perdão: Esquecimento do mal que se tenha sofrido de alguém, num ato de tolerância esclarecida que se exprime na compreensão.

Talvez tenhamos aí a origem da máxima de Kardec Trabalho, Solidariedade e Tolerância, a orientar a ação espírita. Sem tais princípios não há a possibilidade de um entendimento perfeito entre os homens na construção de um mundo melhor.

Chico Xavier foi um pouco além das palavras de Kardec e acrescentou a palavra amor deixando o principio mais completo; "Se Allan Kardec tivesse escrito que “fora do Espiritismo não há salvação”, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...

Então podemos entender que não existe Caridade sem Amor e nem Amor sem Caridade. 

Mas e o Amor?

Amor é afeição profunda. É gostar muito. Ê, em sua acepção mais nobre, querer o bem de alguém na doação de si mesmo.

Decantado pelos poetas e exaltado pelos sonhadores, o Amor é abençoado sol que ilumina e aquece os escabrosos caminhos humanos.

Só há um problema: é impossível sustentá-lo, torná-lo operoso e produtivo sem o combustível da caridade.

Encontramos na via pública uma mulher em penúria, rodeada de filhos maltrapilhos e famintos. Sensibilizamo-nos:

– Que quadro triste, meu Deus! Quanto sofrimento!

Estendemos-lhe alguns trocados e seguimos em frente, evocando, cheios de compaixão:

– Jesus a ampare, minha irmã!

Naquele exato momento brilhou em nós uma réstia de amor, infiltrando-se no impassível egocentrismo humano.

Mas que amor vazio, efêmero! Um amor quase inútil, que se limitou à esmola para aliviar a consciência, transferindo para o Cristo providência melhor, sem considerar que Ele esperava por nós para atendê-la com a iniciativa de parar, conversar, conhecer melhor a extensão de seus problemas, ajudando-a. Sem caridade o amor pode ser muito displicente...

Temos um grande amigo. Gostamos muito dele. Um dia ele faz algo que nos desagrada. Irritamo-nos profundamente. Azedamos nosso relacionamento. Distanciamo-nos, jogando fora uma gratificante amizade. Sem caridade o companheiro mais querido pode converter-se num estranho...

O casal vive muito bem. Marido e mulher amam-se profundamente. Um dia ele comete um deslize: envolve-se em aventura extraconjugal. A esposa toma conhecimento e o abandona imediatamente, não obstante ele implorar-lhe que fique, dilacerado de remorsos. E estagiam ambos em crônica infelicidade, marcada por insuperável nostalgia. Sem caridade o afeto mais ardente pode ser afogado num oceano de mágoas e ressentimentos.

No passado muitos religiosos instalavam-se em lugares ermos, impondo-se privações e flagícios como sacrifício em favor da Humanidade. Em sua maioria apenas comprometeram-se em excentricidades e desequilíbrios. Sem caridade o amor pelo semelhante pode converter-se em perturbadora paixão por nós mesmos...

O apóstolo Paulo vai bem mais longe no assunto (I Coríntios 13:1-3), quando destaca que ainda que detenhamos o verbo mais sublime, a mediunidade mais apurada, o conhecimento mais profundo, a convicção mais poderosa, o desapego mais amplo e inabalável destemor da morte, isso tudo pouco valerá se faltar a caridade, isto é, se não estivermos imbuídos do desinteresse pessoal, no desejo sincero de servir o semelhante.

E Kardec nos oferece a mesma visão da inutilidade de todas as iniciativas em favor da redenção humana, se faltar o componente básico, ao proclamar,

Fora da Caridade não há Salvação. 

Prece Final:

Agradecemos senhor pela oportunidade desse estudo e agradecemos pelo entendimento que nos foi dado. Agradecemos as oportunidades que virão para que possamos colocar em pratica essa nova concepção sobre a caridade.

Deixo essa leitura para meditação de todos;

UM ESPÍRITO PROTETOR
Lyon, 1860

            "Meus amigos, tenho ouvido muitos de vós dizerem: Como posso fazer a caridade, se quase sempre não tenho sequer o necessário?

            A caridade, meus amigos, se faz de muitas maneiras. Podeis fazê-la em pensamento, em palavras e em ações. Em pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem terem sequer vivido; uma prece de coração os alivia. Em palavras: dirigindo aos vossos companheiros alguns bons conselhos. Dizei aos homens amargurados pelo desespero e pelas privações, que blasfemam do nome do Altíssimo: “Eu era como vos; eu sofria, sentia-me infeliz, mas acreditei no Espiritismo e, vede agora sou feliz!” Aos anciãos que vos disseram: “É inútil; estou no fim da vida; morrerei como vivi”, respondei: “A justiça de Deus é igual para todos; lembrai-vos dos trabalhadores da última hora!” Às crianças que, já viciadas pelas más companhias, perdem-se nos caminhos do mundo, prestes a sucumbir às suas tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos!”, e não temais repetir freqüentemente essas doces palavras, que acabarão por germinar nas suas jovens inteligências, e em lugar de pequenos vagabundos, fareis delas verdadeiros homens. Essa é também uma forma de caridade.

            Muitos de vós dizeis ainda: “Oh! somos tão numerosos na terra, que Deus não pode ver-nos a todos!” Escutai bem isso, meus amigos: quando estais no alto de uma montanha, vosso olhar não abarca os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: Deus vos vê da mesma maneira; e Ele vos deixa o vosso livre arbítrio, como também deixais esses grãos de areia ao sabor do vento que os dispersas. Com a diferença que Deus, na sua infinita misericórdia, pôs no fundo do vosso coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Ouvi-a, que ela vos dará bons conselhos. Por vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal, e então ela se cala. Mas ficai seguros de que a pobre relegada se fará ouvir, tão logo a deixardes perceber a sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a, e freqüentemente sereis consolados pelos seus conselhos.

            Meus amigos, a cada novo regimento o general entrega uma bandeira. Eu vos dou esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros”. Praticai essa máxima: reunir-vos todos em torno dessa bandeira, e dela recebereis a felicidade e a consolação."



Que assim seja.
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